A-ha revela doença grave de integrante da banda e comove fãs – Curta Mais
A banda norueguesa A-ha comoveu fãs do mundo todo ao anunciar, na quarta-feira (4), que o vocalista Morten Harket, de 65 anos, foi diagnosticado com a doença de Parkinson. A informação foi compartilhada no site oficial do grupo, que destacou a batalha silenciosa do cantor contra os efeitos progressivos da condição neurológica. O impacto dessa revelação da banda A-ha ultrapassa o universo da música pop e reacende debates importantes sobre envelhecimento, saúde mental e o papel do artista diante da própria vulnerabilidade.
O A-ha, que ganhou notoriedade mundial com o hit “Take On Me” e consolidou seu lugar entre os maiores nomes do pop dos anos 1980, sempre foi mais do que uma banda de sucesso. Com sua estética melancólica e sofisticada, o grupo A-ha conquistou uma legião de fãs fiéis ao longo das décadas. Agora, com a notícia sobre a saúde de Harket, o A-ha demonstra que continua sendo um símbolo não apenas de criatividade, mas também de humanidade e coragem.
Depoimento e o peso do Parkinson

Foto: Reprodução / Yui Mok/PA
Morten Harket, vocalista do A-ha, compartilhou em depoimento que optou por manter o diagnóstico em sigilo por um período, buscando preservar um ambiente tranquilo para seguir trabalhando. “Reconhecer o diagnóstico não foi um problema para mim”, afirmou. “É a minha necessidade de paz e tranquilidade para trabalhar que tem me impedido.” A declaração revela não apenas o impacto físico da doença, mas também a tensão emocional que envolve a exposição pública de uma condição de saúde grave — especialmente para uma figura artística.
O anúncio feito pelo A-ha expõe também o peso do Parkinson, uma enfermidade neurológica crônica e progressiva que compromete os movimentos e, eventualmente, a autonomia dos pacientes. Segundo especialistas, como o neurologista Matheus Ferreira Gomes, a lentidão motora e a rigidez muscular são os principais fatores que limitam a mobilidade. A doença, que não tem cura, pode evoluir para quadros em que até funções básicas, como engolir ou se vestir, se tornam desafios diários. Saber que uma figura como Harket enfrenta essa realidade é doloroso — mas também humaniza o artista e aproxima o público de sua jornada pessoal.
Ato de resistência

Foto: Reprodução / YouTube
Mais do que uma informação de caráter médico, o posicionamento do A-ha ganha contornos opinativos ao evidenciar como o silêncio de Harket foi um ato de resistência e escolha consciente. Em um tempo em que a superexposição parece regra e a vida privada dos famosos é consumida com voracidade, a decisão de preservar um espaço íntimo de cura mostra maturidade emocional e respeito à própria história. O A-ha, nesse momento, nos ensina que nem toda notícia precisa ser espetáculo e que há dignidade no tempo do silêncio.
Além disso, o caso do vocalista do A-ha escancara a necessidade de se discutir o envelhecimento de ídolos da cultura pop. Estamos diante de uma geração de músicos que envelhece diante dos nossos olhos — e que, muitas vezes, continua a trabalhar e se apresentar mesmo enfrentando limitações físicas. É preciso desenvolver empatia e compreensão para lidar com a nova fase desses artistas. A trajetória do A-ha não termina com o diagnóstico de Morten, mas sim adquire novas camadas de significado, nas quais a resiliência ganha protagonismo.
Reflexão
O grupo norueguês também lança uma importante reflexão: como o sistema da música e do entretenimento trata seus artistas veteranos? Quantos nomes como os do A-ha ainda enfrentam doenças em silêncio, com medo de estigmas ou da exclusão do mercado? Ao tornar público o diagnóstico de Morten Harket, a banda contribui para romper tabus e estimular debates sobre saúde, visibilidade e cuidado.
Apesar do futuro do A-ha permanecer incerto, uma coisa é clara: a banda continuará sendo um símbolo de como a música pode transcender o tempo, os desafios e até mesmo os limites do corpo. A voz de Morten, agora acompanhada pela fragilidade que o Parkinson impõe, carrega ainda mais potência — não pela nota mais alta, mas pela verdade que carrega.
Em tempos em que tudo é descartável, o A-ha mostra que a arte, mesmo marcada por dores, pode ser um abrigo. E que Morten Harket, mesmo em luta contra uma doença silenciosa, continua nos ensinando o valor da delicadeza, da honestidade e da resistência.

Amanda lopes é uma especialista apaixonada por skincare e biomedicina, dedicando-se ao estudo e desenvolvimento de cosméticos inovadores para a saúde da pele. Com formação em Biomedicina e vasta experiência em análises dermatológicas, ela compartilha seus conhecimentos por meio de artigos detalhados, ajudando seus leitores a escolherem os melhores produtos para cada tipo de pele. Seu objetivo é transformar a ciência em informação acessível, guiando pessoas rumo a uma rotina de cuidados eficaz e baseada em evidências.
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