IMPLEMENTAÇÃO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS REFERENTES À POLÍTICA NACIONAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NO SUS:

UMA ANÁLISE DA GESTÃO FEDERAL NO BIÊNIO 2021/2022.

Autores

  • Christiane Santos Matos Centro de Referência Nacional em Medicinas Tradicionais, Complementares e Integrativas
  • Eliane da Costa Assis Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa na Atenção Primária/Coordenação Geral de Articulação do Cuidado Integral/Departamento de Gestão do Cuidado Integral/Secretaria de Atenção Primária à Saúde/Ministério da Saúde, Brasília/DF/Brasil
  • Gabriela Santos Almeida Coordenação Geral de Articulação do Cuidado Integral/Departamento de Gestão do Cuidado Integral/Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Ministério da Saúde, Brasília/DF/Brasil
  • Cleber Alvarenga Medeiros Coordenação Geral de Articulação do Cuidado Integral/Departamento de Gestão do Cuidado Integral/Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Ministério da Saúde, Brasília/DF/Brasil
  • Julio Mariano Kersul Carvalho Coordenação Geral de Articulação do Cuidado Integral/Departamento de Gestão do Cuidado Integral/Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Ministério da Saúde, Brasília/DF/Brasil
  • Daniel Cesar Nunes Cardoso Coordenação Geral do Patrimônio Genético; Departamento de Patrimônio Genético e Cadeias Produtivas dos Biomas e Amazônia; Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria; Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Brasília/DF/Brasil

Palavras-chave:

Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, Medicinas Tradicionais Complementares e Integrativas, Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS, Políticas Públicas, Sistema Único de Saúde, Atenção Primária à Saúde

Resumo

A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC) constitui um marco na ampliação das estratégias de cuidado para a população brasileira que busca o Sistema Único de Saúde. Desde a publicação da PNPIC em 03 de maio de 2006, o crescimento da oferta de procedimentos com práticas integrativas e complementares em saúde (PICS) nos serviços de saúde vem crescendo substancialmente, o que leva à necessidade de planejamento em todas as instâncias de governabilidade do SUS. O objetivo deste artigo é descrever as principais ações estratégicas empreendidas no escopo da gestão federal da PNPIC no Ministério da Saúde, considerando o período de gestão correspondente ao biênio 2021/2022. Foram analisadas as informações produzidas neste período, bem como documentos oficiais e artigos científicos relacionados à temática. Houve avanços importantes na gestão da PNPIC, como por exemplo, a criação da Câmara Técnica Assessora para as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, a implementação do Laboratório de Inovação em Saúde para as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde e a conclusão da 1ª etapa da Oficina Nacional de Prioridades de Pesquisa para as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde. Por outro lado, não foi possível transcender uma lacuna complexa como a criação de linha orçamentária/financeira específica para a PNPIC no Ministério da Saúde. Os avanços empreendidos contribuíram para o fortalecimento da promoção da saúde na perspectiva da PNPIC, bem como nas ações de cooperações técnicas nacionais e internacionais, a despeito do curto tempo de gestão de apenas 2 anos.

Biografia do Autor

Eliane da Costa Assis , Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa na Atenção Primária/Coordenação Geral de Articulação do Cuidado Integral/Departamento de Gestão do Cuidado Integral/Secretaria de Atenção Primária à Saúde/Ministério da Saúde, Brasília/DF/Brasil

Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa na Atenção Primária/Coordenação Geral de Articulação do Cuidado Integral/Departamento de Gestão do Cuidado Integral/Secretaria de Atenção Primária à Saúde/Ministério da Saúde, Brasília/DF/Brasil

Gabriela Santos Almeida , Coordenação Geral de Articulação do Cuidado Integral/Departamento de Gestão do Cuidado Integral/Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Ministério da Saúde, Brasília/DF/Brasil

Coordenação Geral de Articulação do Cuidado Integral/Departamento de Gestão do Cuidado Integral/Secretaria  de Atenção   Primária  à Saúde, Ministério da Saúde, Brasília/DF/Brasil

Cleber Alvarenga Medeiros , Coordenação Geral de Articulação do Cuidado Integral/Departamento de Gestão do Cuidado Integral/Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Ministério da Saúde, Brasília/DF/Brasil

Coordenação Geral de Articulação do Cuidado Integral/Departamento de Gestão do Cuidado Integral/Secretaria  de Atenção   Primária  à Saúde, Ministério da Saúde, Brasília/DF/Brasil

Julio Mariano Kersul Carvalho , Coordenação Geral de Articulação do Cuidado Integral/Departamento de Gestão do Cuidado Integral/Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Ministério da Saúde, Brasília/DF/Brasil

Coordenação Geral de Articulação do Cuidado Integral/Departamento de Gestão do Cuidado Integral/Secretaria  de Atenção   Primária  à   Saúde,  Ministério   da Saúde,  Brasília/DF/Brasil

Daniel Cesar Nunes Cardoso , Coordenação Geral do Patrimônio Genético; Departamento de Patrimônio Genético e Cadeias Produtivas dos Biomas e Amazônia; Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria; Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Brasília/DF/Brasil

Coordenação Geral do Patrimônio Genético; Departamento de Patrimônio Genético e Cadeias Produtivas dos Biomas e Amazônia; Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria; Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Brasília/DF/Brasil

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Publicado

2023-12-22

Como Citar

Santos Matos, C., DA COSTA ASSIS, E. ., SANTOS ALMEIDA, G., ALVARENGA MEDEIROS, C., KERSUL CARVALHO, J. M., & NUNES CARDOSO, D. C. (2023). IMPLEMENTAÇÃO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS REFERENTES À POLÍTICA NACIONAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NO SUS: : UMA ANÁLISE DA GESTÃO FEDERAL NO BIÊNIO 2021/2022. Revista Brasileira De Biomedicina, 3(2). Recuperado de https://revistadabiomedicina.com.br/index.php/12222/article/view/229